Para Começar no Mundo Digital, Dá um Play

Por Carla Arena Postado em 10/12/2015

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Só há uma maneira de nos tornarmos quem queremos ser, nos metendo de cabeça naquilo que nos propomos. Há alguns que dizem que “ah, professor não quer nada com nada. Tem muito mais tempo de férias”. Não sejamos levianos. Professor rala, trabalha incontáveis horas que não tem valor de descanso remunerado semanal que dê conta. E, para completar o cenário, não basta ser professor. É preciso ser um letrado digital, dominar novas linguagens. É preciso ser produtor de vídeo, um ser hiperlinkado e conectado. Faz parte criar, carregando a molecada junto nos projetos. É isso. Não há atalhos. E não tem volta. Professor que é professor está sempre aprendendo. E a pergunta de muitos é, por onde começo, com toda essa tecnologia por aí?

Há vários pontos de entrada, mas comece com algo que já lhe é familiar. O principal é entender que você pode até iniciar por um modelo de substituição de algo que faz no papel ou quadro, mas que com a tecnologia é simplesmente mais divertido e eficiente. Não precisa ser algo grandioso. Uma outra dica é entender onde seu aluno está, mas isso não pode ser fator limitante. De fato, acho que a mágica está quando você o surpreende com algo inusitado ou desconhecido, mas investigar onde estão já dá uma boa direção inicial. Quer ver um exemplo super simples, mas que a maioria dos professores nem sabe que existe? No Snapchat, onde toda a garotada frequenta, tem a parte de estórias que ficam disponíveis para todos os usuários. Há sempre destaques de países, celebrações, shows, jogos. Já pensou que bacana os alunos darem uma olhada lá para aprenderem mais sobre o que está acontecendo no mundo aquele dia, ter uma aula de geografia e até mesmo integrar essa experiência digital com um texto sobre seu dia, suas horas, se imaginando naquele local visto por diferentes perspectivas dos usuários locais?

Analisemos, por exemplo, o Youtube. Minha mãe assiste vídeos do Youtube e imagino que sua avó também já deve ter visto. Muitos professores já usam a ferramenta em sala de aula. Esse é o primeiro passo. Depois de inserir os vídeos em seu plano de aula, que tal ir um pouco além? É disso que estava falando no começo em entrar de cabeça, sem medo. Que tal você aprender a criar uma playlist de vídeos relacionados ao tópico que você está dando e o dever dos meninos é assistir e fazer uma comparação entre eles, seguindo as instruções que você determinar? Indo um pouquinho mais além? Que tal fazer com que grupos de alunos criem suas próprias playlists sobre o tópico e compartilhem com você com uma análise porque aquelas escolhas foram importantes? Já estamos passando aí para uma etapa em que o aluno começa a ser ativo na construção do seu conhecimento, com um olhar crítico e aprofundado sobre o tópico. E assim você começa e vai ficando cada vez mais corajoso, entendendo, conforme sua necessidade, mais do funcionamento deste mundo hiperconectado, mas com mil possibilidades de aprendizado que faz sentido e motiva os alunos. Aperta o botão de play e vai. Dificil vai ser encontrar um Stop. E, você, por onde vai começar?

Precisou de ajuda para dar o Start? Estamos por aqui.

 

Carla Arena

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