INTERNET: MUDANDO A FORMA COMO VOCÊ INTEREAGE COM O MUNDO
Você já imaginou utilizar a internet para fechar a janela da sua casa estando no seu trabalho?
Isso é possível. Para você saber como, lhe convido a conhecer um pouco sobre a trajetória da internet.
A primeira conexão realizada entre dois computadores aconteceu em 04 de julho de 1940. Isso mesmo, há mais de 70 anos. Tratava-se da ARPAnet, que foi desenhada para uso militar, conectou as forças armadas americanas e as agências de espionagem do país para servir como proteção no caso de algum ataque nuclear.
De lá para cá muita coisa mudou. A Internet começou a fazer parte das nossas vidas, de forma mais efetiva a partir do ano de 1988. Primeiro ela chega a Universidades e grandes empresas ao redor do mundo. Com a criação da WEB (que possibilitou usar a internet a partir dos navegadores, facilitando o seu acesso) rapidamente a Internet se popularizou.
Podemos dizer que os recursos da internet que hoje utilizamos embora tenham sim, mais de 70 anos de evolução não tem mais de 15 anos de uso efetivo e, alguns deles ainda não tem uma década.
Contudo, mesmo antes dos recursos hoje conhecidos estarem ao acesso da maioria da população a internet já sofria sérias mudanças, ainda no final do Século XX, quando se houve falar pela primeira vez em Internet 2.
Internet 2.0, Internet Colaborativa, Web 2.0 ou ainda Internet das Coisas. Vale a pena você conhecer esses termos e o futuro que bate a sua porta.
Para que as conexões entre os computadores e demais dispositivos possam ser estabelecidos, cada computador/dispositivo recebe um número de identificação, da mesma forma que nós, seres humanos temos os nossos documentos de identidade, como por exemplo o CPF.
Esse número no mundo da internet é conhecido como IP, ou seja Internet Protocol, ou Protocolo da Internet.
Quando a internet foi criada adotou para a distribuição dos números IP’s o mesmo critério das classes sociais. Ou seja, as grandes empresas poderiam conectar inúmeras quantidades de computadores na internet, enquanto que para as instituições e indivíduos foram reservados bem menos números para conexões.
Seguindo a Lei de Pareto apenas 20% de números possíveis de serem utilizados em conexões da internet estavam disponíveis para uma população universal de mais de 80% de pessoas e pequenas empresas que queriam e querem se utilizar cada vez mais da internet o que levou uma escassez de números IPs para novas conexões na Internet.
A partir disso e, juntando o interesse do Governo e de diversas universidades americanas em oferecer novos recursos e velocidade diferenciada a internet, foi necessário pensar numa reestruturação da Internet. Surge então a Internet 2.
Embora muitos não tenham ainda ouvido falar disso já estão hoje usufruindo dos recursos da internet 2.
Existem vários aspectos que mudam nessa evolução da internet. Aqui vou destacar apenas dois:
Velocidade: A velocidade possível de trafegar na internet 2 fica entre 155Mbps a 10Gbps. Isso mesmo. A velocidade teórica é de 10Gbps. Para se atingir essa velocidade no Brasil é necessário investimento em infraestrutura, o que aliás já é possível em algumas capitais. Contudo isso tende a acontecer a médio prazo também em outras cidades.
Se você analisar as primeiras conexões no Brasil eram estabelecidas a 96Kbps e hoje já se tem conexões diárias que ultrapassam os 9600 Kbps. No Japão já se conseguiu estabelecer comunicação a 9,08 Gbps.
Se a média da qualidade dos serviços da Internet de hoje for mantida, mesmo que se tenha 10% da velocidade teórica, logo logo você estará acessando uma internet a 1Gbps, mil vezes mais rápido do que a média de velocidade de acesso de nossas atuais conexões.
Fazendo uma analogia é como se no início da internet você atravessasse o país numa bicicleta, hoje, em um sedan e futuramente em um avião, 50 mil vezes mais rápido do que a bicicleta.
IP’s Disponíveis (Número de Identificação). O endereço IP teve um aumento geométrico e hoje são possíveis de serem utilizados para conectar qualquer tipo de aparelho a internet. A nova estrutura disponibiliza 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.45 endereços. Destes, foram liberados 18.446.744.073.709.551.616 de endereços para conexões com a internet. Considerando uma população futura de 10 bilhões de habitantes, tem-se mais de 18 bilhões de endereços disponíveis para cada pessoa utilizar. (Curiosidade: Você sabe interpretar esses números… )
Essa mudança torna possível atribuir um endereço IP para qualquer dispositivo que se tenha interesse e muda drasticamente as possibilidades de uso da internet.
É possível que os pesquisadores coloquem um microchip com um endereço IP válido em cada tartaruguinha que queiram acompanhar.
É possível colocar um endereço IP válido em um dispositivo na janela da sua casa, que você poderá controlar pela internet e ordenar que a mesma se feche, caso comece a chover.
É possível gerenciar qualquer dispositivo que tenha um endereço IP, desde que se tenha uma interface de controle para ele.
Isso é a Internet das coisas!
Se você já é usuário da internet e já se beneficia dos recursos que ela oferece fica o desafio de pensar no que vai mudar quando esses recursos estiverem efetivamente em uso.
Se você ainda pensa que a internet é algo que não afeta muito a sua vida, convido-o a repensar essa realidade, pois hoje não só temos projetos de casas totalmente inteligente utilizando um pouco das possibilidades aqui apresentadas como projetos audaciosos que prometem levar a internet a todos os cantos do mundo.
Vale a pena conhecer esse projeto da Google, deixamos dois links para você saber mais
https://www.google.com/intl/pt-BR/loon/
Que tal fechar a janela da sua casa usando os recursos da internet 2.0?
No próximo post vamos falar como todos esses recursos estão mudando a sala de aula, os desafios e as possibilidades que essas tecnologias trazem para escolas, estudantes e professores.
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